Instituto Bicho D'água realiza resgate de peixes-boi em Santarém e Monte Alegre, no Oeste do Pará
Os animais resgatados foram encaminhados para reabilitação na UFPA de Castanhal. Animais foram transportados para Belém com apoio do Graesp Gabi Sobrinho Doi...

Os animais resgatados foram encaminhados para reabilitação na UFPA de Castanhal. Animais foram transportados para Belém com apoio do Graesp Gabi Sobrinho Dois filhotes de peixe-boi, com idade aproximada de três meses, que foram resgatados nos municípios de Santarém e Monte Alegre, no oeste do Pará, chegaram de avião ao aeroporto de Belém, com apoio do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), no fim da tarde do último dia 12. O resgate foi feito por equipe do Instituto Bicho D’água. ✅ Clique aqui e siga o canal g1 Santarém e Região no WhatsApp Após o desembarque, os animais foram transportados de carro, com apoio do Ibama, até o Centro de Reabilitação de Fauna Aquática (CREFA) do Instituto Bicho D’água, em parceria com o Instituto de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Pará (UFPA), no município de Castanhal, onde receberão os primeiros atendimentos veterinários. "Os filhotes passarão por tratamento, medicação, avaliação clínica, exames e alimentação especializada. Depois de estabilizados, o processo de reabilitação deve durar de dois a três anos, até que estejam aptos a serem reintroduzidos à natureza", explicou a bióloga e presidente do Instituto Bicho D’água, Renata Emin. De acordo com a bióloga, um dos filhotes, uma fêmea, foi encontrada sozinha e desorientada no dia 11 de junho por um pescador no município de Monte Alegre. Ela apresentava um ferimento no olho, possivelmente causado por agressão com madeira. A mãe do animal não foi localizada. A filhote foi entregue pelo pescador à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), que acionou a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e, posteriormente, o Instituto Bicho D’água. Instituto Bicho D'água realiza resgate de peixes-boi em Santarém e Monte Alegre O macho que recebeu o apelido carinhoso de "Tião" foi resgatado pelo ICMBio/Flona do Tapajós, que cuidou nos primeiros dias com as orientações técnicas do IBD. De acordo com Renata Emin, o peixe-boi não possui predadores naturais. "Infelizmente, mesmo que proibido por lei, filhotes ainda são capturados para atrair e abater as mães, o que resulta em animais órfãos. Na natureza, os filhotes permanecem ao lado da mãe por até dois anos, período essencial para o seu desenvolvimento e aprendizado", explicou a bióloga. Transporte de filhote de peixe-boi resgatado no oeste do Pará Gabi Sobrinho Projeto de Conservação de Peixes-Boi O Instituto Bicho D’água faz o monitoramento de praias e ações de educação ambiental no Pará, entre o leste da Ilha do Marajó até Salinópolis. A iniciativa faz parte do Projeto de Caracterização e Monitoramento de Cetáceos (PCMC) da TGS, exigência estabelecida no processo de licenciamento ambiental conduzido pelo IBAMA para a pesquisa e levantamento de dados geológicos nas bacias do Pará-Maranhão e Foz do Amazonas. Na semana passada, TGS, Ibama e Instituto Bicho D’agua anunciaram, durante evento no município de Soure, na Ilha do Marajó, a criação do Projeto de Conservação de Peixes-Boi no Estado do Pará. O projeto foi concebido a partir da identificação, por parte do Ibama, da necessidade de sistematizar e otimizar os resgates de peixes-boi na região, cuja população já apresenta sinais de declínio. "Estão previstas, como iniciativas do Projeto, atividades que vão do resgate, estabilização e reabilitação à reintegração desses animais em seu habitat natural. Além disso, o projeto irá monitorar os peixes-boi após a soltura, visando avaliar sua adaptação e sucesso reprodutivo e realizar atividades de capacitação e educação ambiental", detalhou a presidente do Instituto Bicho D’água. VÍDEOS: Mais vistos do g1 Santarém e Região