Vigilância em Saúde de Oriximiná emite alerta de risco por suspeita de epizootia em Porto Trombetas
Alerta foi emitido após um macaco ter sido encontrado morto no distrito. Amostras serão enviadas ao Instituto Evandro Chagas em Belém. Macaco encontrado mort...

Alerta foi emitido após um macaco ter sido encontrado morto no distrito. Amostras serão enviadas ao Instituto Evandro Chagas em Belém. Macaco encontrado morto (imagem ilustrativa) Reprodução / Redes sociais Comunicação de risco foi emitida pela Diretoria de Vigilância em Saúde do município de Oriximiná, oeste do Pará, para o 9º CRS/Sespa, na quinta-feira (20), diante da suspeita de circulação do vírus da febre amarela no distrito de Porto Trombetas, onde um macaco foi encontrado morto. A comunicação trata de "Epizootia de primata não humano". A epizootia é definida como adoecimento ou morte em uma população animal na mesma região, sem causa definida. ✅ Clique aqui e siga o canal g1 Santarém e Região no WhatsApp Ao coordenador de Zoonoses do 9º CRS/Sespa, Felipe Dantas, foi informado que 7 macacos teriam sido encontrados mortos em Porto Trombetas, mas só houve confirmação da morte de um macaco. Segundo Felipe Dantas, logo que a Sespa foi comunicada da suspeita de epizootia em Porto Trombetas, a secretaria entrou contato com a Vigilância em Saúde do município de Oriximiná, para orientar sobre as medidas a serem adotadas para segurança da população, entre elas, a coleta de material para exame e a vacinação contra a febre amarela. Quanto as amostras do macaco que foi encontrado morto, o diretor da Vigilância em saúde de Oriximiná, Márcio Garcia, informou ao g1 que o material será enviado para a Sespa em Santarém e depois seguirá para o Instituto Evandro Chagas em Belém, onde passará por análise detalhada. O animal é da espécie ugio (Alouatta macconnelli). Ele foi encontrado morto, no estacionamento do Hospital de Porto Trombetas, com suspeita de Febre Amarela (FA), Raiva e Doença parasitária. O hospital fica localizado em área próxima de mata. Foram coletadas amostras de vísceras do animal e mantidas conservadas por congelamento para serem enviadas à Sespa. A equipe de saúde do Hospital de Porto Trombetas foi orientada para realização da vacinação de bloqueio seletivo, casa a casa, em área delimitada e mais um dia “D” no distrito minerador. A Coordenação de Vigilância Epidemiológica e do Programa Municipal de Imunização, informou que adotou todas as medidas recomendadas ao caso prevenção e proteção contra a febre amarela no município, e que a equipe de saúde de Porto Trombetas, seguindo as orientações da Coordenação Municipal, já institui os protocolos necessários de vacinação (intensificação em curso desde o dia 10/03, seguindo a programação e mais um dia "D" nesse sábado); avaliação da situação vacinal e bloqueio vacinal seletivo no raio da área de ocorrência. Sobre a febre amarela A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de evolução abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves. A doença é causada por um vírus transmitido por mosquitos, e possui dois ciclos de transmissão (urbano e silvestre). No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados. No ciclo silvestre, os transmissores são mosquitos com hábitos predominantemente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes. No ciclo silvestre, os primatas não humanos (PNHs) são considerados os principais hospedeiros, amplificadores do vírus, e são vítimas da doença assim como o ser humano, que, nesse ciclo, apresenta-se como hospedeiro acidental. Os casos leves causam febre, dor de cabeça, náuseas e vômitos. Os casos graves podem causar doenças cardíacas, hepáticas e renais fatais. VÍDEOS: Mais vistos do g1 Santarém e Região